Este blog está em construção, ajude-nos dando suas sugestões e opiniões.


sábado, 2 de outubro de 2010

Carmo do Rio Verde recebe IV Romaria dos Mártires

A Diocese de Goiás realiza no dia 23 de Outubro a IV Romaria dos Mártires, o evento acontece neste ano na cidade de Carmo do Rio Verde que fica próxima a Ceres na Região do Vale de São Patrício. Com Inicio às 17h e termino às 21h o evento espera grande representação diocesana formada por leigos (as), Bispos, padres, consagrados (as), religiosos (as), seminaristas e vocacionados (as). Segundo os organizadores o evento pretende ser um grande sinal de comunhão do Povo de Deus que não deixa calar o grito do grande Mártir, Jesus.

Para dar maior visibilidade à romaria os organizadores pedem que os romeiros usem a cor branca.
A realização é da Diocese de Goiás que conta com o apoio da Comissão Pastoral da Terra – CPT.

Para mais informações, entrar em contato com a Diocese de Goiás pelo fone (62) 3371-1206 , CPT diocesanal/ Goiás (62) 3371-3820 ou pela Paróquia de Carmo do Rio Verde (62) 3337-6379.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

AGENDA DA PARÓQUIA NOSSO SENHOR DO BONFIM - SILVÂNIA

A CADA SEMANA PUBLICAREMOS A AGENDA DA PARÓQUIA:

01 - 01 a 08 - SEMANA NACIONAL DA VIDA
       DIA DE SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS
       06:30h - Missa no Instituto Auxiliadora, Pe Caio
       19:00h - Bênção nova igreja Variado, Dom Washington Cruz, Pe João Norberto
       19:00h - Missa na Gameleira, Pe Caio
       19:00h - Missa na Comunidade de Fátima, Pe Dídimo
       19:00h - Missa na Matriz do Rosário, Pe Vicente

02 - 16:00h - Missa no Guarirobal, Pe Caio
       19:00h - Missa no Engenho Velho, Pe Caio
       19:00h - Missa na Matriz do Rosário, Pe Vicente

03 - ELEIÇÕES
       07:30h - Missa na Matriz do Rosário, Pe Guilherme - (transmitida pela Rádio Rio Vermelho)
       08:00h - Missa no Parck Anchieta, Pe Dídimo
       08:00h - Missa no Instituto Auxiliadora, Pe Vicente
       09:30h - Missa no São Sebastião, PeVicente
       09:30h - Missa no Santo Antônio, Pe Dídimo
       14:00h - Missa em Águas Claras, Pe Caio
       14:00h - Missa no Mocambinho, Pe Guilherme
       16:30h - Missa no Funil, Pe Caio
       19:00h - Missa na Gameleira, Pe Guilherme
       19:00h - Missa em Fátima, Pe Dídimo
       19:00h - Missa na Matriz do Rosário, Pe Vicente - (transmitida pela Rádio Rio Vermelho)

04 - SECRETARIA DA PARÓQUIA FECHADA
       18:00h - Programa na Rádio Rio Vermelho
       19:00h - Missa e Reunião nos Salesianos - FMA, Maristas e SDB, Pe Guilherme

05 - FERIADO MUNICIPAL EM SILVÂNIA - ANIVERSÁRIO DA CIDADE 236 ANOS
       19:00h - Missa C. Manoel Caetano, Pe Dídimo
       19:00h - Missa na Matriz do Rosário, Pe Vicente

AGENDA DA PARÓQUIA SÃO JOSÉ - VIANÓPOLIS

A CADA SEMANA PUBLICAREMOS A AGENDA DA PARÓQUIA:

1-8 – Semana Nacional da Vida
1 – Missa e Novena Perpétua Na. Sra. Ap., Caraíba – 19h30
2 – Missa com as crianças, 8h
2 - Programa de Rádio, 11h
2 – Bênção dos animais (Com. S. Francisco de Assis), 16h,
2 – Nono dia da Novena em Louvor a S. Francisco de Assis, 19h
3-11 – Novenário em Louvor à Na. Sra. Aparecida
3 – Eleições 2010
3 – Missa na Matriz, 8h
3 – Missa na Com. S. Francisco de Assis, 10h. (Encerramento da Festa)
3 – Missa na Imaculada – Pe Anacleto: Lançamento/livro, 19h
4 – Missa na Matriz, 7h
5 - Missa e Novena Perpétua Na. Sra. Aparecida, Ponte Funda, 19h30
6 – Santa Missa e Novena Perpétua na Matriz, 19h15
6 – Reunião com Núcleo do Conselho de Pastoral Paroquial (após a missa)
7 – Reunião do Clero. Goiânia
7 – Dia de Na. Sra. do Rosário – Missa na Comunid. B. S. José, 19h15
8 – Dia do Nascituro
8 – Missa e Novena Perpétua Na. Sra. Ap., Caraíba, 19h30
9 - Programa de Rádio, 11h
9 – Missa na comunidade S. Francisco de Assis, 19h
9-11 – Tríduo em Louvor à Na. Sra. Aparecida
10 – Missa na Matriz, 8h
10 – Missa na Imaculada, 19h

1º DE OUTUBRO - SANTA TEREZINHA DO MENINO JESUS

Santa Terezinha do Menino Jesus
Padroeira das Missões
     Discreta e silenciosa, durante a vida quase não chamou a atenção sobre si.
     Parecia uma freira comum, sem nada de excepcional. Faleceu aos 24 anos, tuberculosa, depois de passar por terríveis sofrimentos. Enquanto agonizava, ouviu duas freiras comentarem entre si, do lado de fora de sua cela:
     "Coitada da Irmã Teresa! Ela não fez nada na vida... O que nossa Madre poderá escrever sobre ela, na circular em que dará aos outros conventos a notícia da sua morte?" Assim viveu Santa Teresinha, desconhecida até mesmo das freiras que com ela compartilhavam a clausura do Carmelo. Somente depois de morta seus escritos e seus milagres revelariam ao mundo inteiro a verdadeira envergadura da grande Santa e Mestra da espiritualidade. A jovem e humilde carmelita que abriu, na espiritualidade católica, um caminho novo para atingir a santidade (a célebre "Pequena Via"), foi declarada pelo Papa João Paulo II Doutora da Igreja.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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     Hoje, dia de Santa Terezinha, a Comunidade que a tem como padroeira, na região do Variado - Paróquia de Silvânia, recebe a visita de Dom Washington Cruz para que este faça a entronização do Sacrário na igreja da comunidade. A celebração será às 19h. Rezemos por essa comunidade neste importante dia.

Semana da Vida e Dia do Nascituro

     A CNBB propõe a celebração da Semana da Vida que vai de 01 a 07 de outubro, já que o dia 08 é o Dia do Nascituro. O enfoque é a vida humana desde seu início na fecundação até seu fim natural. Os dois estágios mais frágeis da vida são os mais atacados: a vida do embrião no útero materno e a vida do idoso, especialmente, do idoso doente.
O Papa João Paulo II escreveu uma carta chamada “Evangelho da Vida” e agora o Vaticano publicou o Dicionário (Lexicon) sobre a família, a vida e questões éticas. Estes escritos, fundamentados na Bíblia, são um grito a favor da vida. A pastoral da criança, do Menor, da Juventude, são opções em favor da vida digna.
     A Vª. Conferência realizada em Aparecida no mês de maio foi uma clara opção pela vida e a Campanha da Fraternidade de 2008 tem como lema “escolhe a vida”.
     Os caminhos de morte são muitos, mas nós escolhemos a vida. Daí a luta pela ecologia, pelos pobres, pela inclusão social, pelos mandamentos do motorista, o mutirão de combate à fome, tudo é uma sinfonia em favor da vida. Como não defender a dignidade, a humanidade, a originalidade do embrião, do feto, do nascituro? Neste mutirão pela vida está o cuidado e atenção para com as gestantes e a educação para o amor convocando namorados, noivos e casais a serem promotores da vida. “Que os lares sejam ninhos da vida “ (Bento XVI) e que a vida seja acolhida, amada e respeitada nas famílias, na sociedade.
     Cristo faz a vida livre, bela e grande e o reino de Deus é reino de vida. Somos chamados a ser profetas da vida, porque o projeto salvífico de Deus é um projeto de vida. O mandamento “não matarás” (Ex 20,13) é revelação da vontade divina e expressão da lei inscrita na natureza humana. O direito à vida precede quaisquer outros direitos. Todas as culturas reconhecem o valor inviolável da vida.
     Muitas são as violações da vida como o uso de células embrionárias para pesquisa, o abortamento, a pílula do dia seguinte, métodos anticoncepcionais abortivos, a prática da eutanásia. Não podemos resolver problemas e às vezes até desordens morais praticando uma injustiça maior.
     Vida sim, violência não. A prática do aborto é uma violência que desrespeita o instinto materno, os direitos do embrião, o direito à vida, o direito de nascer, nós que lutamos a favor até dos animais e da ecologia. Enfim, nossa Constituição Federal considera a vida como o valor mais importante a ser protegido pelo Estado.
     A misericórdia divina de que tanto necessitamos deve fazer-nos misericordiosos com a vida intra-uterina e com a criação de institutos de defesa, apoio, proteção e assistência às gestantes. A crise ética de nossos tempos se expressa hoje na violência contra a vida e na exploração do embrião humano. Nada justifica a supressão deliberada de um ser inocente. Escolhamos a vida, os caminhos da vida, a cultura da vida e a civilização do amor.
Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina
Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

QUEM MERECE O SEU VOTO?


Eleições 2010
    Esta pergunta é, sem dúvida, um grande desafio posto a cada cidadão às vésperas das eleições deste ano. Isso, porque esta resposta não deve ser construída, simplesmente, com a força e o discurso do mais sofisticado marketing pautado na propaganda eleitoral que incorporou aquele tom antigo – associando à imagem do candidato suas promessas ou referências ao que ele fez.
    No ar, de certo modo, está a dívida quanto à discussão de propostas mais consistentes e abrangentes como as exigências de reformas do Estado, tributária, política. É uma aberração apresentar-se ao eleitor e trabalhar o convencimento para que ele dê o seu voto por conta de promessas e mesmo das realizações passadas. Este discurso, na verdade, revela a lacuna na educação de um povo que pode se deixar convencer por argumentos emocionais e pelo tratamento de suas necessidades básicas como se fosse um atendimento benevolente gerando devedores e tendo no voto o pagamento ou retribuição. É lúcido pensar e defender que não basta adotar esquemas de proteção e de oferta de tudo aquilo que é direito do cidadão. É preocupante, no cenário da sociedade brasileira, o quanto o emocional vai presidindo o embate político, influenciando nas escolhas pela ausência da clareza que advinda da consciência dos que são destinatários e portadores de um qualificado processo educativo. A consciência sóciopolítica está, intrinsecamente, ligada ao nível de educação recebida e cultivada. Por isso mesmo, estas eleições revelarão o nível da cultura política existente no tecido da sociedade brasileira.
    Ainda falta um longo caminho a percorrer, como fruto de processo educativo mais amplo e qualificado, para se compreender que a política, além da arte de transigir, é particularmente a arte de cuidar e garantir a justa ordem da sociedade e do Estado, seu dever central. Este entendimento acende um facho de luz na pergunta acerca de quem merece seu voto. É importante lembrar o Papa Bento XVI na sua Carta Encíclica Deus caritas est, 2005, quando diz que “a política é mais do que simples técnica para a definição de ordenamentos públicos: a sua origem e o seu objetivo estão precisamente na justiça, e esta é de natureza ética”. Ora, se a justiça é a origem e o objetivo da política e sua implementação é de natureza ética, conclui-se que ter ficha limpa é critério primeiro e fundamental para definir alguém como merecedor do seu voto.
A sociedade brasileira compreendeu e aderiu ao Projeto de Lei Ficha Limpa aprovado, um entendimento que não tem o menor sentido de ser adiado porquanto a moralização da política é uma das mais urgentes exigências e anseio da sociedade brasileira. Essa garantia de qualificação na candidatura se entrelaça com uma série de critérios importantes para que alguém seja merecedor de voto. Inquestionavelmente, torna-se merecedor do seu voto quem passa pelo crivo dos valores que possam permitir que o eleito respeite e lute pela democracia, priorize direitos sociais para configurar um novo cenário, particularmente, para os mais pobres, sem jamais perpetuar programas e benesses que os mantenha reféns de comodidades geradas e de preguiças que atrasam o passo na conquista da própria autonomia. O merecimento do seu voto, em qualquer cargo, Executivo ou Legislativo, não pode ser uma decisão determinada pelo marketing político que amordaça consciências e não permite a configuração de critérios que assegure ao cidadão seu direito de escolher, não por obrigação a ser paga, mas na liberdade e autonomia que compõem a vivência autêntica da cidadania.
    Na lista dos valores para configurar critérios que possam ser alavancas de juízos adequados na escolha, incluem-se o respeito à vida em todas as suas etapas, desde a fecundação até o declínio natural, o compromisso com a democracia, o respeito à liberdade de imprensa, o olhar e compreensão do pobre como sujeito e não como simples destinatário - incluindo a discussão sobre religião e a laicidade do Estado.
    Nessa direção os católicos precisam se posicionar mais clara e diretamente nas suas escolhas para usufruir do seu direito, por diálogo e intercâmbio, de contar com governantes e parlamentares capazes de pautar suas ações pelos valores do Evangelho e na fidelidade a princípios e valores, não simplesmente a interesses que possam abrir caminhos a negociações espúrias. Os católicos, no exercício de sua cidadania, como outros, todos, têm o desafio de fazer a diferença pela força de escolher quem merece seu voto. Este desafio e embate devem ser enfrentados com fé e coragem.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Arcebispo de Belo Horizonte

Fonte: http://www.cnbb.org.br/ - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

QUE O TRABALHO E A FESTA NÃO SEPAREM A FAMÍLIA

altCarta do Papa para o 7º Encontro Mundial das Famílias

CASTEL GANDOLFO, (ZENIT.org) - Bento XVI considera que a organização do trabalho - como mera busca do lucro - e a concepção atual da festa - como oportunidade de consumo - contribuem, infelizmente, para separar a família.
O Papa dirigiu uma carta, publicada no dia 24 de setembro, ao presidente do Conselho Pontifício para a Família, cardeal Ennio Antonelli, como preparação para o 7º Encontro Mundial das Famílias (EMF), que se realizará em Milão, de 30 de maio a 3 de junho de 2012, sobre o tema "Família: o trabalho e a festa".
Nesta carta, Bento XVI insta a "promover uma reflexão e um compromisso dirigidos a conciliar as exigências e os momentos do trabalho com os da família, e a recuperar o verdadeiro sentido da festa, especialmente da dominical, páscoa semanal, dia do Senhor e dia do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade".
"Em nossos dias, infelizmente, a organização do trabalho, pensada e realizada em função da concorrência do mercado e do lucro máximo, e a concepção da festa como oportunidade de evasão e de consumo, contribuem para separar a família e a comunidade, e a difundir um estilo de vida individualista", lamenta.
O Papa explica que "o trabalho e a festa estão intimamente ligados à vida das famílias: condicionam as decisões, influenciam as relações entre os cônjuges e entre os pais e filhos, e incidem na relação da família com a sociedade e com a Igreja".
Citando o livro do Gênesis, recorda que "família, trabalho e dia festivo são dons e bênçãos de Deus para ajudar-nos a viver uma existência plenamente humana".
Segundo o Pontífice, "o desenvolvimento autêntico da pessoa inclui tanto a dimensão individual, familiar e comunitária, como as atividades e as relações funcionais, assim como a abertura à esperança e ao Bem sem limites".
Bento XVI destaca que o próximo EMF "constitui uma ocasião privilegiada para reapresentar o trabalho e a festa a partir da perspectiva de uma família unida e aberta à vida, bem integrada na sociedade e na Igreja, atenta à qualidade das relações, além da economia do próprio núcleo familiar".
Também expressa sua confiança em que as famílias se coloquem em marcha rumo ao encontro "Milão 2012" e aproveitem, em 2011, o 30º aniversário da exortação apostólica Familiaris consortio, "‘carta magna' da pastoral familiar", para organizar iniciativas no âmbito paroquial, diocesano e nacional.
Finalmente, Bento XVI se refere aos momentos fortes do 7º EMF: a "festa dos testemunhos", no sábado à tarde e a Missa solene no domingo de manhã.
"Estas duas celebrações, que eu presidirei, nos mostrarão como ‘família de famílias'", disse.

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Fonte: http://www.paroquiavianopolis.com.br/ - Paróquia São José - Vianópolis

terça-feira, 28 de setembro de 2010

DOCUMENTO 92 - MENSAGEM AO POVO DE DEUS SOBRE AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

Carta do Sergio Coutinho para as lideranças das CEB's:
Hoje, 12/05, aconteceu a votação final da Mensagem sobre as CEBs da CNBB!!
Depois de analisarmos cerca de 65 emendas e de enfrentarmos vários destaques ao texto, chegamos a esta versão final.
Mas para isso, os bispos tiveram que responder, em votação secreta, a seguinte questão colocada:
EM CONFORMIDADE COM O ART. 75 DO REGIMENTO DA CNBB, A MENSAGEM AO POVO DE DEUS SOBRE AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE PODE SER APROVADA COMO UM DOCUMENTO OFICIAL DA CNBB?
Dos 266 votantes, o resultado foi: Sim-228; Não-36; Em Branco-2.
Com isso, minha gente, o texto é sim DOCUMENTO da CNBB. Quase trinta anos depois do Doc. 25, temos agora um texto que pode animar ainda mais a caminhada das CEBs no Brasil.
Divulguem!! Espalhem pelas comunidades!! Leiam nas celebrações!! Reproduzam à vontade!! Soltem na Internet!!
Um abraço forte em todas e todos vocês,
Sérgio Coutinho
Assessor SEtor CEBs-CNBB


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DOCUMENTO 92 - MENSAGEM AO POVO DE DEUS SOBRE AS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE


Introdução
“As Comunidades Eclesiais de Base”, dizíamos em 1982, constituem “em nosso país, uma realidade que expressa um dos traços mais dinâmicos da vida da Igreja (...)” (Comunidades Eclesiais de Base na Igreja do Brasil, CNBB, doc. 25,1). Após a Conferência de Aparecida (2007) e o 12º Intereclesial (Porto Velho-2009), queremos oferecer a todos os nossos irmãos e irmãs uma mensagem de animação, embora breve, para a caminhada de nossas CEBs.
            Queremos reafirmar que elas continuam sendo um “sinal da vitalidade da Igreja” (RM 51). Os discípulos e as discípulas de Cristo nelas se reúnem para uma atenta escuta da Palavra de Deus, para a busca de relações mais fraternas, para celebrar os mistérios cristãos em sua vida e para assumir o compromisso de transformação da sociedade. Além disso, como afirma Medellín, as comunidades de base são “o primeiro e fundamental núcleo eclesial (...), célula inicial da estrutura eclesial e foco de evangelização e, atualmente, fator primordial da promoção humana (...)” (Medellín 15).
Por isso, “Como pastores, atentos à vida da Igreja em nossa sociedade, queremos olhá-las com carinho, estar à sua escuta e tentar descobrir através de sua vida, tão intimamente ligada à história do povo no qual elas estão inseridas, o caminho que se abre diante delas para o futuro”. (CNBB 25,5)

Os desafios postos às CEBs hoje: a sociabilidade básica no clima cultural contemporâneo
Com as grandes mudanças que estão acontecendo no mundo inteiro e em nosso país, as CEBs enfrentam hoje novos desafios: numa sociedade globalizada e urbanizada, como viver em comunidade? Nascidas num contexto ainda em grande parte rural, serão capazes de se adaptar aos centros urbanos, que têm um ritmo de vida diferente e são caracterizados por uma realidade plural? Dentro desse contexto, há outro desafio: como transmitir às novas gerações as experiências e valores das gerações anteriores, inclusive a fé e o modo de vivê-la? Só uma Igreja com diferentes jeitos de viver a mesma Fé será capaz de dialogar relevantemente com a sociedade contemporânea.
            O século XX foi, sem dúvida, o século da globalização. Suas consequências para a vida cotidiana são tantas que hoje se fala que o mundo vive não mais uma época de mudanças, mas “uma mudança de época, cujo nível mais profundo é o cultural” (DAp 44). De fato, “a ciência e a técnica quando colocadas exclusivamente a serviço do mercado (...) criam uma nova visão da realidade” (DAp 45), mas isso não significa um passo em direção ao desenvolvimento integral proposto pela encíclica Populorum progressio e reafirmado pelo Papa Bento XVI em Caritas in Veritate, porque a lógica do mercado corrói a estrutura de sociabilidade básica que se expressa nas relações de tipo comunitário. À medida que ele avança, expulsa as relações de cooperação e solidariedade e introduz relações de competição nas quais o mais forte é quem leva vantagem.
Desta forma, é preciso valorizar as experiências de sociabilidade básica: as relações fundadas na gratuidade que se expressa na dinâmica de oferecer-receber-retribuir. O cultivo da reciprocidade tem como espaço primeiro aquele onde a vizinhança territorial é importante para a vida cotidiana, como em áreas rurais, bairros de periferia e favelas. É a solidariedade entre vizinhos – melhor dizendo, entre vizinhas – que assegura o cuidado com crianças, idosos e doentes, por exemplo. Não por acaso, esses espaços periféricos favorecem o desenvolvimento de associações de vizinhança e movimentos que reivindicam melhorias de equipamento urbano, bem como das próprias Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). São as relações de reciprocidade que, promovendo a solidariedade que é a força dos pobres e pequenos, permite que se diga que "gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças extraordinárias".

O percurso histórico das CEBs no Brasil
A experiência das CEBs não surgiu de um planejamento prévio, mas de um impulso renovador, como um sopro do Espírito, já presente na Igreja no Brasil. Esse impulso renovador se manifesta de forma crescente nos anos 50 e 60 do século 20. Na verdade, os tempos se tornaram maduros para uma nova consciência histórica e eclesial: primeiro, pela emergência de um novo sujeito social na sociedade brasileira, o sujeito popular, que ansiava à participação; segundo, pela emergência de um novo sujeito eclesial, portador de uma nova consciência na Igreja. Ele ansiava participar ativa e corresponsavelmente da vida e da missão da Igreja. Esse sujeito provoca novas descobertas e conversões pastorais (CNBB 25,7).
Nelas se revigoravam ou restauravam as relações de reciprocidade, de modo a favorecer a reconstrução das estruturas da vida cotidiana, do mundo da vida, em um contexto social adverso. A interação entre a CEB enquanto organismo eclesial e a comunidade local de vizinhos é uma das grandes contribuições da Igreja à conquista dos direitos de cidadania em nosso País. Ao acolher pastoralmente a população rural ou migrante em capelas e salões improvisados nos quais elas se sentissem “em casa”, a Igreja lhes ofereceu uma possibilidade de organizar-se autonomamente, quando as empresas e os poderes públicos só viam nela o potencial de mão-de-obra a ser empregada no processo de industrialização.

A experiência dos Intereclesiais
Os Encontros Intereclesiais das CEBs são patrimônio teológico e pastoral da Igreja no Brasil. Desde a realização do primeiro, em 1975 (Vitória – ES), reúnem diversas dioceses para troca de experiência e reflexão teológica e pastoral acerca da caminhada das CEBs. Foram doze encontros nacionais, diversos encontros de preparação em várias instâncias (paróquias, dioceses, regionais) e, desde a realização do 8º Intereclesial ocorrido em Santa Maria – RS (1992), são realizados seminários de preparação e aprofundamento dos temas ligados ao encontro.
            Manifestação visível da eclesialidade das CEBs, os Encontros Intereclesiais congregam bispos, religiosos e religiosas, presbíteros, assessores e assessoras, animadores e animadoras de comunidades, bem como convidados de outras igrejas cristãs e tradições religiosas. Neles se expressa a comunhão entre os fiéis e seus pastores.

Espiritualidade e vivência eucarística
“O Concílio Vaticano II, eminentemente pastoral, provocou um grande impacto na Igreja. Suas grandes idéias-chaves trouxeram a fundamentação teológica para a intuição, já sentida na prática, de que a renovação pastoral deve se fazer a partir da renovação da vida comunitária e de que a comunidade deve se tornar instrumento de evangelização”. (CNBB 25,11)
A exigência do Vaticano II é de razão estritamente teológica, de ordem trinitária. A essência íntima de Deus não é a solidão, mas a comunhão de três divinas Pessoas. A comunhão – koinonia, communio – constitui a realidade e a categoria fundamental que permeia todos os seres e que melhor traduz a presença do Deus-Trindade no mundo. É a comunhão que faz a Igreja ser “comunidade de fiéis”. Por isso, o Vaticano II faz derivar a união do Povo de Deus da unidade que vigora entre as três divinas Pessoas (LG 4).
A Trindade nos coloca, desde o início, no coração do mistério de comunhão. O Papa João Paulo II, falando aos bispos em Puebla, em 28 de janeiro de 1979, proclamou: “Nosso Deus em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família... e a essência da família é o amor”. A comunhão e a comunidade devem estar presentes em todas as manifestações humanas e em todas as concretizações eclesiais.
Por isso mesmo, a Eucaristia está no centro da vida de nossas comunidades de base. É o sacramento que expressa comunhão e participação de todos e todas, como numa grande família, ao redor da Mesa do Pai. Há comunidades que recebem a comunhão eucarística graças a presença do Santíssimo no local ou pelo serviço de um ministro extraordinário da sagrada comunhão. Como nossas CEBs, em sua maioria, “não têm oportunidade de participar da Eucaristia dominical”, por falta de ministros ordenados, “elas podem alimentar seu já admirável espírito missionário participando da ‘celebração dominical da Palavra’, que faz presente o mistério pascal no amor que congrega (cf. 1 Jo 3, 14), na Palavra acolhida (cf. Jo 5, 24-25) e na oração comunitária (cf. Mt 18,20)” (DAp 253).
A realidade das CEBs se expressa na liturgia e também na diaconia e na profecia. A diaconia educa, cura as feridas, multiplica e distribui o pão e chama para a solidariedade e a comunhão. A profecia anuncia o desígnio de Deus e denuncia os abusos, a mentira, a injustiça, a exploração e exige a conversão. Por isso, sofre perseguição, difamação, morte.
            Temos duas testemunhas recentes desse duplo ministério dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo: Dra. Zilda Arns e Irmã Dorothy Stang. Há muito conhecidas por nossas comunidades pobres pelo Brasil afora, elas inspiraram a ação das CEBs. Elas entregaram a vida e nos deixaram seu testemunho de fé e amor aos pobres, fracos, desamparados e discriminados.
Esta espiritualidade também possibilitou a produção de uma rica manifestação artística em nossas comunidades – músicas, poesias, pinturas, símbolos – típicos da prática religiosa e cultural de nosso povo, e que também são instrumentos de evangelização e de missão.

Vivência e Anúncio da Palavra de Deus e o Testemunho de fé
“A Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). A acolhida da Palavra de Deus e a vivência comunitária da fé são indissociáveis nas CEBs. A Bíblia faz parte do dia-a-dia da comunidade, estando presente nos grupos e pastorais, nas liturgias e na formação, na reza e nas ações que visam superar as desigualdades e injustiças da sociedade brasileira.
            São espaços privilegiados de leitura bíblica nas CEBs os círculos bíblicos e grupos de reflexão. Neles o povo se coloca como sujeito eclesial, assume seu lugar na comunidade e na sociedade. O protagonismo dos leigos nas CEBs é expressão viva de uma Igreja que se renova animada pelo Espírito Santo, é também um sinal de que no discipulado estão surgindo novos ministérios e serviços.
            “O ministério da Palavra exige o ministério da catequese a todos porque ‘fortalece a conversão inicial e permite que os discípulos missionários possam perseverar na vida cristã e na missão em meio ao mundo que os desafia’” (DGAE 64; DAp 278c). A vida em comunidade já é uma forma de catequese. Ela predispõe para o aprofundamento da fé e da vida cristã por meio do ministério da catequese e também pelo testemunho fraterno de seus membros.

Solidariedade e serviço
Alimentadas pela Palavra de Deus e pela vivência de comunhão, as CEBs promovem solidariedade e serviço. Reunindo pessoas humildes, as CEBs ajudam a Igreja a estar mais comprometida com a vida e o sofrimento dos pobres, como fez Jesus. Elas manifestam, mais claramente, que “o serviço dos pobres é medida privilegiada, embora não exclusiva, do seguimento de Cristo” (DP 1145).
Mais ainda, o surgimento das CEBs, junto com o compromisso com os mais necessitados, ajudou a Igreja a “descobrir o potencial evangelizador dos pobres”, primeiro, porque interpelam a Igreja, chamando-a à conversão; segundo, porque “realizam em sua vida os valores evangélicos da solidariedade, serviço, simplicidade e disponibilidade para acolher o dom de Deus” (DP 1147). As vocações religiosas e sacerdotais despertadas pelas CEBs sinalizam vitalidade espiritual, comunhão eclesial e um novo estímulo de consagração a Deus.

A formação dos discípulos missionários
Na sua experiência já amadurecida, as CEBs querem ser Igreja como o Concílio Vaticano II desejou: uma Igreja toda ministerial a serviço do Reino de Deus. A formação do discípulo missionário começa dentro delas pela experiência de um encontro feliz e alegre com a pessoa de Jesus, sua vida e seu destino. Como Jesus convocou discípulos e discípulas para estarem com ele, do mesmo modo, ele convoca também hoje discípulos e discípulas para estarem com ele e dele aprenderem o amor ao Pai, a fidelidade ao Espírito e o compromisso para a transformação do mundo em mundo de irmãos e irmãs.
Por sua capacidade de cuidar da formação da própria comunidade e de olhar, com compaixão, a realidade, as CEBs podem e devem ser cada vez mais escolas que ajudam “a formar cristãos comprometidos com sua fé; discípulos e missionários do Senhor, como o testemunha a entrega generosa, até derramar o sangue, de muitos de seus membros” (DAp 178).

A participação nos movimentos sociais, de cidadania, de defesa do meio ambiente em vista da construção do Reino de Deus
No que diz respeito à relação das CEBs com a dimensão sociopolítica da evangelização, o Sínodo sobre A Justiça no Mundo, de 1971, já tinha afirmado que “a ação pela justiça e a participação na transformação do mundo nos aparecem claramente como uma dimensão constitutiva da pregação do Evangelho, isto é, da missão da Igreja pela redenção do gênero humano e a libertação de toda situação de opressão” (introd.). Em vista disso, a Igreja no Brasil exorta as CEBs e demais comunidades eclesiais a se manterem fiéis à própria fé, no conteúdo e nos métodos, na busca da libertação plena, superando a tentação “de reduzir a missão da Igreja às dimensões de um projeto puramente temporal” (CNBB 25,64ss; Cf. EN 32).
Em relação à aproximação das CEBs com os movimentos populares na luta pela justiça, o documento 25 da CNBB afirmava que elas “não podem arrogar-se o monopólio do Reino de Deus”. Na verdade, a CEB deve tomar consciência de que, “como Igreja, é sinal e instrumento do Reino, é aquela pequena porção do povo de Deus onde a Palavra de Deus é acolhida e celebrada nos sacramentos ... sobretudo na Eucaristia” (70ss). As CEBs buscam, sim, a “colaboração fraterna com pessoas e grupos que lutam pelos mesmos valores” (73).
As CEBs têm despertado em muitos dos seus membros a espiritualidade do cuidado para com a vida dos seres humanos, de todas as formas de vida e a vida do Planeta Terra. A espiritualidade do cuidado tem motivado o surgimento de gestos e atitudes éticas de respeito, de veneração, de ternura, de cooperação solidária, de parceria, que promovam a inclusão de todos e de tudo no mistério da vida.
As CEBs promovem a participação ativa de seus membros nos grupos de economia popular solidária, resgatando o sentido originário da economia como a atividade destinada a garantir a base material da vida pessoal, familiar, social e espiritual. Contribui assim para que o trabalho humano, além de ser o lugar de edificação da dignidade humana e promoção da justiça social, seja também responsável pela promoção do desenvolvimento sustentável.

Espírito de abertura ecumênica e diálogo interreligioso
Uma das dimensões da espiritualidade cultivadas pelas CEBs é a do diálogo ecumênico e interreligioso, que se dá pela abertura ao mundo do outro, promovendo a unidade na diversidade e buscando as semelhanças na diferença. Esta espiritualidade dialogal tem sido assumida pelas CEBs como uma missão de fraternidade cristã, numa atitude de profundo respeito às demais manifestações religiosas, em busca da comunhão universal. Essa espiritualidade nasce do desejo expresso por Jesus: "Que todos sejam um!" (Jo 17,21)

Formação de rede de comunidades
Os membros das CEBs são discípulos de Cristo e ajudam a formar outras comunidades. Em meio a grandes extensões geográficas e populacionais, a comunidade eclesial de base requer que as relações sejam de fraternidade, partilha de vida, de bens e da própria experiência de fé. Ela deve provocar um encontro permanente com a Palavra de Deus e celebrar na liturgia, na alegria e na festa, a salvação que Jesus Cristo nos trouxe.
A experiência da fé e da participação faz amadurecer a comunidade eclesial de base, e lhe confere características próprias de modo a levá-la a um relacionamento fraterno de igualdade com as demais comunidades pertencentes à mesma paróquia. Com isso, a matriz-paroquial ganha maior relevância pastoral na medida em que passa a exercer a função de articuladora das comunidades.
Exortamos que a paróquia procure se transformar em “rede de comunidades e grupos, capazes de se articular conseguindo que seus membros se sintam realmente discípulos missionários de Jesus Cristo em comunhão” (DAp 172), tendo por modelo as primeiras comunidades cristãs retratadas nos Atos dos Apóstolos (At 2 e 4). Assim, a paróquia será mais viva, junto com suas comunidades, coordenadas por leigos ou leigas, por diáconos permanentes, animadas por religiosos e religiosas, e que tenham no Conselho Pastoral Paroquial, presidido pelo pároco, seu principal articulador pastoral.

Conclusão
Em comunhão com outras células vivas da Igreja, comunidades de discípulos e discípulas geradas pelo encontro com Jesus Cristo, Palavra feito carne (cf. Jo 1,14), como são os movimentos, as novas comunidades, as pequenas comunidades, que integram a rede de comunidades que a paróquia é chamada a ser, reafirmamos aqui o que está escrito no Documento 25 da CNBB: “Ao concluir estas reflexões, desejamos agradecer a Deus pelo dom que as CEBs são para a vida da Igreja no Brasil, pela união existente entre os nossos irmãos e seus pastores, e pela esperança de que este novo modo de ser Igreja vá se tornando sempre mais fermento de renovação em nossa sociedade”. (94)

Brasília-DF, 12 de maio de 2010