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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vigília de Oração em favor da Vida Humana Nascente

Segundo o papa, Bento XVI, o tempo de preparação para o Natal é um momento propício para invocar a proteção divina sobre todo ser humano chamado à existência. No advento devemos agradecer a Deus pelo dom da vida, recebido dos nossos pais.

Neste sentido o papa convida todos os cristãos para um grande momento de oração, ressaltando o dom da vida que Deus Criador e Pai confiou ao homem. Dentro deste propósito, o Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz e o bispo auxiliar, Dom Wardemar Passini, promovem a Vigília de Oração em favor da vida humana nascente na Arquidiocese de Goiânia.

O evento ocorre no dia 27 de novembro, às 19h30, na Igreja Coração de Maria. A vigília quer ser um grito da humanidade toda que se eleva a Deus, doador de todo bem, afim de que cada vida humana seja respeitada, protegida e amada.
  
Vigília de Oração em favor da Vida Humana Nascente
Dia: 27 de novembro
Horário: 19h30
Local: Igreja Coração de Maria

Projeto Cidadania pelo Esporte leva oportunidade e esperança às crianças da comunidade carioca do Jacarezinho

A quadra poliesportiva do Centro Juvenil Salesiano, no Riachuelo, Rio de Janeiro-RJ, ficou pequena com tantos convidados para a inauguração do projeto Cidadania pelo Esporte. Nesta quarta-feira, dia 17, os salesianos de Dom Bosco, a Misiones Salesianas, a Fundación Real Madrid e a Fundación Mapfre lançaram oficialmente o projeto que atenderá cerca de cem jovens entre 6 e 15 anos de idade, que vivem em situação de vulnerabilidade social na comunidade do Jacarezinho, Zona Norte da capital fluminense.

Entre os presentes, estava o ex-jogador de futebol, Emílio Butragueño, ídolo do Real Madrid e da seleção da Espanha nos anos 80. Ele também é atual diretor de relações internacionais do clube espanhol. Além de assinar a camisa oficial do projeto e uma bola de futebol, Butragueño deu o “chute inicial” que marca o início das atividades da escola socioesportiva. O ex-jogador ficou muito admirado com a energia e alegria das crianças, que o receberam com muita emoção. “Estamos muito contentes com o trabalho social da nossa fundação. Queremos que, através do esporte, essas crianças possam aprender valores, se conhecerem melhor e divertir, porque as crianças têm que ser felizes e se divertir”, afirmou Butragueño.

Ao final da cerimônia, o vice-presidente da Fundación Real Madrid, Enrique Sánchez, deu ao diretor do Centro Juvenil, padre Marcelo Vicente de Paula, uma camisa oficial do clube espanhol autografada por todos os jogadores, entre eles os ídolos da juventude, Cristiano Ronaldo e Kaká.

A parceria entre as entidades é parte de uma implantação de três escolas esportivas na América Latina: uma no Brasil e as outras no Panamá e El Salvador. Por aqui, o projeto é desenvolvido junto ao Centro Juvenil Salesiano, localizado no coração da comunidade do Jacarezinho. O Cidadania pelo Esporte é um projeto que oferece aos jovens em vulnerabilidade social acesso ao esporte, um caminho de transformação da vida de crianças e adolescentes. Serão oferecidas no Centro Juvenil cinco modalidades: futebol de salão e de campo, handebol, basquete e vôlei. “Antes nós nunca tivemos essa oportunidade. Espero que esse projeto cresça e nós também, junto com ele”, afirmou o educando do projeto, Jeckson Gregório.

Pastoral planeja produzir material específico para catequese dos encarcerados

A Pastoral Carcerária e a Comissão Bíblico-catequética da CNBB planejam a elaboração de um material específico para a catequese dos encarcerados. O assunto foi discutido entre os dois organismos na última terça-feira, 23, na sede da CNBB.

 “Há uma demanda dos próprios presos, que necessitam tanto da iniciação cristã quanto da formação permanente”, explica o presidente da Comissão, dom Eugênio Rixen. “Os agentes da Pastoral Carcerária também precisam deste material e nosso objetivo é fazer com que os próprios presos se tornem catequistas de outros presos”, acrescenta.

O material ainda não tem data para ficar pronto, mas o coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Valdir João Silveira, espera que até o final do primeiro semestre do próximo ano o subsídio já esteja nas mãos dos agentes. No início de 2011, a equipe de redatores, que está sendo formada, se reúne para iniciar a redação do texto. A ideia dos organizadores é recolher sugestão também dos presos para o conteúdo do material.

Segundo padre Valdir, um dos aspectos a ser ressaltado no material é o perdão na perspectiva da restauração. “Tem preso que não se perdoa. Vamos colocar [na cartilha] textos bíblicos mostrando que Deus perdoa”, explica o coordenador.

“Nosso objetivo é levar o preso a reconciliar-se consigo e com o outro, criando comunidade”, ressalta padre Valdir. Ainda de acordo com o religioso, a Pastoral Carcerária, através da catequese, quer gerar comunhão entre os detentos, ajudando-os na convivência social, e, ao mesmo tempo, elevar sua autoestima.

De acordo com a Pastoral Carcerária, há, no país, 490 mil detentos. “A maioria é pobre, jovem e semianalfabeta”, diz padre Valdir. A Pastoral está presente em todos os estados brasileiros e possui mais de seis mil agentes.

 FONTE: CNBB

Feira da Solidariedade 2010

Vem aí a maior feira católica do Centro-Oeste. A nossa Feira da Solidariedade 2010. De 1 a 5 de dezembro, na Estação Goiânia. Além dos tradicionais produtos do bem, neste ano junto com nossos parceiros, oferecemos a você diversos serviços gratuitos, cursos, oficinas e consultorias. E ainda, missa com Dom Washington Cruz, de quarta-feira a sábado, às 17 horas.

Feira da Solidariedade 2010. Ideias e produtos do bem. De 1 a 5 de dezembro, na Estação Goiânia. Quem faz o bem vai estar lá. Realização: Arquidiocese de Goiânia.

Assista ao VT da Feira da Solidariedade 2010: http://www.youtube.com/watch?v=2_eoPNoAOqs

 

Bem-aventurado Tiago Alberione: Fundador da Família Paulina

Tiago Alberione
Bem-aventurado
1884-1971 Fundador da Família Paulina

26 de novembro
Bem-aventurado Tiago Alberione


Alberione nasceu em 4 de abril de 1884, em São Lourenço de Fossano, norte da Itália, de uma família de camponeses simples e laboriosos. Vinte quatro horas após o nascimento, foi batizado e recebeu o nome de "Tiago".

Buscando melhores terras para a lavoura, a família Alberione mudou para a cidade de Cherasco, onde Tiago passou sua infância e adolescência. Foi lá que se manifestou a vocação para o sacerdócio.

- Quero ser padre! foi a resposta que deu à professora, Rosina Cardona, que perguntava aos seus oitenta alunos o que queriam ser quando crescessem.

A resposta, que poderia parecer impensada, veio de um menino de bom coração e piedoso. Com o passar do tempo, a vocação fortificou-se e ele foi encaminhado para o seminário, onde não perdia tempo e procurava aprender de todos e de tudo. Inquietavam Alberione as transformações que aconteciam na sociedade e os apelos do papa, Leão XIII, para que todos se voltassem para Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, salvação da humanidade.

Foi ordenado sacerdote no dia 29 de junho de 1907, com vinte e três anos de idade. Todas as organizações de renovação existentes, então, na Igreja foram acolhidas por padre Alberione, que participou, ativamente, dos movimentos: missionário, litúrgico, pastoral, social, bíblico, teológico e, mais tarde, do movimento ecumênico. Em todos os movimentos Alberione-profeta vislumbrava espaços carentes de evangelização e atualização.

Impulsionado pelo Espírito Santo, tornou realidade sua intuição carismática com a fundação de várias congregações e institutos para, juntos, anunciar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, com os meios da comunicação social. Padres e irmãos Paulinos em 1914; Irmãs Paulinas em 1915; Discípulas do Divino Mestre em 1924; Irmãs Pastorinhas em 1938; e Irmãs Apostolinas em 1957. Fundou, também, os institutos seculares de Nossa Senhora da Anunciação e São Gabriel Arcanjo em 1958; os institutos Jesus Sacerdote e Sagrada Família em 1959; além da Associação dos Cooperadores Leigos em 1917. Hoje, os membros dessas fundações estão presentes em todos os continentes mostrando que é possível santificar-se e comunicar, a todas as pessoas, Jesus Cristo com os meios técnicos e eletrônicos.

Após a fundação dos dois primeiros ramos - Paulinos e Paulinas - a vida de Alberione fundiu-se com suas obras nascentes. Acompanhava de perto a vida de seus filhos e filhas da Itália e do exterior com numerosas e prolongadas viagens. Preocupava-se não só com fundações e organizações, mas principalmente com a formação e a vida religiosa de seus seguidores, apesar do conturbado contexto histórico em que viveu: duas grandes guerras, revolução industrial, conflagrações nacionalistas e sociais, emancipação dos operários e da mulher, além de crises institucionais na família e na Igreja.

Padre Tiago Alberione, jamais esmoreceu, continuou firme na sua fé, acreditando que a obra que realizava era querida e abençoada por Deus. Com humildade e coragem, o fundador da Família Paulina, o profeta e o apóstolo de uma evangelização moderna chegou ao fim de seus dias em 26 de novembro de 1971, aos oitenta e sete anos.

O reconhecimento da santidade de Alberione já acontecera antes da declaração oficial da Igreja, especialmente com algumas declarações de dois papas seus amigos: o bem-aventurado João XXIII e Paulo VI. "Padre Alberione, veio ao meu encontro" - dizia o "papa bom". "Parecia-me ver a humildade personificada. Ele, sim, éi um grande homem!" E Paulo VI, na audiência concedida aos Paulinos em 27 de novembro de 1974, recordava: "Lembro-me do encontro edificante com padre Alberione, ajoelhado, em profunda humildade. Este é um homem, direi, que está entre as maravilhas do nosso século".

O processo de beatificação percorreu um longo caminho. Após a morte de Alberione, foram apresentados à Igreja documentos sobre sua vida, sua missão apostólica e suas fundações, assim como documentos sobre sua santidade.

Baseados em um meticuloso exame desses elementos e reconhecidas as virtudes praticadas em grau heróico pelo servo de Deus, padre Tiago Alberione, o papa João Paulo II, em 25 de junho de 1996, declarou-o "venerável".

Passaram-se sete anos à espera de um milagre que fosse reconhecido como autêntico pela Igreja. E o milagre chegou.

A cura milagrosa atribuída ao padre Tiago Alberione, que o conduziu à beatificação, salvou Maria Librada Gonzáles Rodriguez, uma mexicana de Guadalajara. Em 1989, ela foi internada por causa de uma insuficiência respiratória provocada por uma tromboembolia pulmonar, com muitas crises. Pedindo a Deus a cura por intercessão de padre Alberione, doze dias depois teve alta. A cura foi reconhecida pela Congregação das Causas dos Santos, após a declaração da comissão médica que considerava a recuperação de Maria rápida, completa, duradoura e não-explicável à luz da ciência.

E o dia da beatificação chegou: 27 de abril de 2003. Padre Tiago Alberione é proclamado "bem-aventurado" num reconhecimento oficial da Igreja àquele homem que foi um santo, um profeta e o pioneiro na evangelização eletrônica.
Festa litúrgica do bem-aventurado Tiago Alberione

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezo, em sintonia com o Bem-aventurado Tiago Alberione, sacerdote e fundador da Família Paulina.

Tiago Alberione nasceu a 4 de Abril de 1884, em São Lourenço de Fossano (Itália). Quando ainda era jovem seminarista, na noite da passagem do século XIX para o século XX, durante uma longa Adoração Eucarística, viveu uma intensa experiência de Deus. Nela compreendeu claramente qual devia ser a sua missão: viver e dar ao mundo Jesus Cristo, Verdade, Caminho e Vida. Para esse fim, usar todos os meios mais rápidos e eficazes que o progresso humano oferece para a comunicação entre as pessoas. Para realizar esta missão, fundou a «Família Paulina», composta por cinco Congregações religiosas, quatro Institutos agregados e uma Associação de leigos. Terminou a sua existência terrena no dia 26 de Novembro de 1971, depois de ter recebido a visita do Papa Paulo VI.
Foi proclamado bem-aventurado no dia 27 de abril de 2003, pelo papa João Paulo II.
A Família Paulina é constituída de cinco congregações religiosas: Sociedade de São Paulo (fundação 20/8/1914), Filhas de São Paulo (fundação 15/6/1915), Discípulas do Divino Mestre (fundação 10/2/1924), Irmãs de Jesus Bom Pastor (7/10/1938), Irmãs de Maria Santíssima Rainha dos Apóstolos ou Apostolinas (8/9/1959) e quatro Institutos agregados (8/4/1960): "Jesus Sacerdote" (para sacerdotes diocesanos), "São Gabriel Arcanjo" (para jovens e homens), "Anunciatinas (para moças) e "Santa Família" (para cônjuges e famílias). E também, a Associação dos Cooperadores Paulinos.
"Tudo nos vem de Deus. Tudo nos leva ao Magnificat", dizia Alberione

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bento XVI se dá a conhecer em livro-entrevista

Bento XVI dá-se a conhecer pelas suas próprias palavras num livro-entrevista intitulado “Luz do mundo”, assinado pelo jornalista alemão Peter Seewald, com apresentação ocorrida no dia 23 de novembro. Várias passagens foram divulgadas por agências de notícias e pelo próprio jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, que dedica um longo artigo a esta entrevista, na sua edição dominical.

O Papa confessa que, depois da sua eleição, em abril de 2005, esperava encontrar “paz e tranquilidade”, lembrando assim os sentimentos que surgiram naquela altura. A reflexão inicia o livro, com 18 capítulos, numa seção intitulada “Os Papas não caem do céu”, com Bento XVI a afirmar que estava “seguríssimo” de que não seria ele o escolhido para suceder a João Paulo II.

Quanto às primeiras palavras proferidas, quando se apresentou como “trabalhador na vinha do Senhor”, o Papa diz que sempre “trabalhou em equipe”, como um de muitos operários, e que o líder da Igreja Católica “não é um monarca absoluto, que toma decisões sozinho e faz tudo por si próprio”. Peter Seewald assegura que Bento XVI não fugiu a nenhuma pergunta nem “modificou as palavras pronunciadas”, propondo apenas “pequenas correções” na transcrição final.

O resultado é, para o autor, um diálogo franco e direto sobre os mais variados temas, desde as questões fundamentais para a Igreja e sociedade em geral aos seus filmes preferidos ou os santos da sua devoção. Bento XVI fala num “fio condutor” na sua vida: “O cristianismo dá alegria, alarga os horizontes. Em definitivo, uma existência vivida sempre e apenas 'contra' seria insuportável”.

O Papa fala de “forças de destruição” na sociedade atual e pede atenção quando se trata de avaliar a sua missão, mostrando-se preparado para as críticas: “Se recebesse apenas consensos, teria de perguntar-se se estaria a anunciar verdadeiramente o Evangelho”.

“Pobre mendigo diante de Deus”, Bento XVI diz que, perante a modernidade, é necessária uma “grande luta espiritual” para afastar e distinguir “aquilo que se está a tornar uma contra-religião”. A Igreja, observa, não é um “aparelho”, pronta para “fazer de tudo”, mas um “organismo vivo, que vem do próprio Cristo”, apesar dos seus limites. Bento XVI convida a falar do “mundo melhor” para lá da vida material, professado pela fé cristã, e não apenas em “respostas concretas para o hoje, soluções para as tribulações cotidianas”.

O Papa diz que os temas da eternidade são como “pão duro” para a humanidade de hoje, pelo que os cristãos têm de “encontrar palavras e modos novos para permitir ao homem destruir o muro do som do finito”.

O livro Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos resulta de uma conversa entre Bento XVI e Seewald – que já por duas vezes tinha entrevistado Joseph Ratzinger, ainda cardeal – na residência pontifícia de Castel Gandolfo, perto de Roma, entre os dias 26 e 31 de julho. As duas anteriores entrevistas a Seewald tornarem-se os best-sellers Deus e o mundo (2001) e O Sal da Terra (1997).

CNBB lança concurso para letra do hino da CF-2012

Foi lançado na sexta-feira, 19, o concurso para a letra do hino da Campanha da Fraternidade 2012. O concurso é organizado pela CNBB, através do Setor Música Litúrgica, da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia.
O hino será escolhido em duas etapas. Na primeira, será feita a escolha da letra. As composições deverão ser entregues até dia 1º de fevereiro de 2011.
Na segunda etapa, será feito o concurso para a música. Depois de abertas, as inscrições para a música vão até maio de 2011.
“Solicitamos a colaboração de todos os poetas para a criação de um texto belo e profundo que possa servir de hino para a Campanha da Fraternidade de 2012”, disse o assessor da CNBB para a Música Litúrgica, padre José Carlos Sala.
A Campanha da Fraternidade 2012 tem como tema: “Fraternidade e saúde pública”, e lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Cf. Eclo, 38,8). Terá como objetivo geral: “Promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil e das políticas públicas da área, para contribuir na qualificação, no fortalecimento e na consolidação do SUS, em vista da melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população”
O Edital pode ser conhecido através do site da CNBB.

Padre de 28 anos da arquidiocese de São Luís é assassinado

O padre Bernardo Muniz Rabelo, de 28 anos, foi assassinado no sábado, 20, por volta das 15h, em Humberto Campos (MA), a 120 km de São Luis (MA), vítima de latrocínio (roubo seguido de morte).  Segundo informações dos familiares, o religioso voltava do povoado de Quebra Anzol com destino a Achuí, interior de Humberto de Campos, onde participava de uma assembleia paroquial, quando deu carona a um homem, identificado como Fabrício.
O suspeito anunciou o assalto pouco tempo depois de ter conseguido a carona. Ele disparou três tiros atingindo o padre no pescoço e no tórax. O assaltante fugiu levando carro do padre Bernardo, além de um aparelho celular e R$ 400.
O padre foi socorrido com vida e levado para o hospital de Humberto de Campos, de onde foi transferido para São Luís, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 21h do sábado.
Padre Bernardo era natural de Morros (MA) e tinha apenas dois meses de padre, tendo sido ordenado no dia 5 de setembro, no município de Axixá. Estava trabalhando como vigário paroquial no município de Humberto Campos.
O corpo do padre foi velado em Morros, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, onde houve missa no domingo, 21, às 14h, presidida pelo arcebispo de São Luis, dom José Belisário da Silva, e concelebrada por vários padres da arquidiocese. Por volta das 16h, o corpo foi sepultado no cemitério da cidade.
Padre Bernardo é o segundo religioso da arquidiocese Luís assassinado este ano. Em julho, o seminarista Mário Dayvit também foi vítima de latrocínio, na porta de sua casa, no Centro da capital maranhense.

Santa Catarina de Alexandria: padroeira dos estudantes, filósofos e moleiros

Santa Catarina de Alexandria
séc. III-IV


25 de novembro
Santa Catarina de Alexandria

A vida e o martírio de Catarina de Alexandria estão de tal modo mesclados às tradições cristãs que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos, espalhados pelo mundo todo. Muito venerada, o seu nome tornou-se uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil homenageou-a com o estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira.

Alguns textos escritos entre os séculos VI e X , que se reportam aos acontecimentos do ano 305, tornaram pública a empolgante figura feminina de Catarina. Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum a uma mulher e jovem naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada pelos súditos da Corte que seria sua por direito.

Entretanto esses eram tempos duros do imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos, a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de imperatriz. Maximino apaixonou-se por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riqueza materiais. Estava disposto a divorciar-se para casar-se com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios.

Catarina recusou enfaticamente, ao mesmo tempo que tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o imperador chamou os sábios do reino para auxiliá-lo. Eles tentaram defender suas seitas com saídas teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial.

Mandou torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz. Então, ocorreu o prodígio: o aparelho desmontou. O imperador, transtornado, levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura, depois mandou decapitá-la. Ela morreu, mas outro milagre aconteceu. O corpo da mártir foi levado por anjos para o alto do monte Sinai. Isso aconteceu em 25 de novembro de 305.

Contam-se aos milhares as graças e os milagres acontecidos naquele local por intercessão de santa Catarina de Alexandria. Passados três séculos, Justiniano, imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Santa Catarina e a igreja onde estaria sua sepultura no monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar o seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os fiéis do Oriente e do Ocidente, que a celebram no dia de sua morte.

Ela é padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos estudantes, dos filósofos e dos moleiros - donos e trabalhadores de moinho. Santa Catarina de Alexandria integra a relação dos quatorze santos auxiliares da cristandade.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Novos ataques contra cristãos no Iraque deixam três mortos

.- A violência contra fiéis cristãos cobrou esta segunda-feira a vida de outras três pessoas na cidade de Mossul, no norte do Iraque, em dois eventos distintos, conforme informou a Polícia de Mossul.
No primeiro dos eventos, um pistoleiro acabou com a vida de dois irmãos cristãos, nos quais disparou quando irrompeu em seu lugar de trabalho, situado na zona industrial da cidade. Os dois falecidos eram soldadores e proprietários do local.

O terceiro cristão falecido nesta segunda-feira foi uma mulher de idade avançada que apareceu estrangulada em seu domicílio, localizado no centro de Mossul. Os ataques contra membros da comunidade cristã no Iraque começaram no último 31 de outubro e se estenderam à zona norte do país árabe.

O último dos ataques contra fiéis que professam esta crença foi produzido na semana passada na zona oriental de Mossul, onde uma bomba acabou com a vida de um homem e de sua filha de seis anos, segundo a Polícia local.

Papa convida Igreja inteira a rezar pela “vida nascente”


No próximo sábado, 27 de novembro, Bento XVI presidirá, na Basílica de São Pedro, as Primeiras Vésperas do Advento e uma vigília de oração pela vida nascente.

Assim anunciou o próprio Papa hoje, 14, depois da oração do Ângelus, durante as saudações aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

Esta iniciativa, explicou o Pontífice, “está em comum com as igrejas particulares do mundo inteiro” e seu desenvolvimento foi indicado “também nas paróquias, comunidades religiosas, associações e movimentos”.

“O tempo de preparação para o Santo Natal é um momento propício para invocar a proteção divina sobre todo ser humano chamado à existência, também como agradecimento a Deus pelo dom da vida, recebido dos nossos pais”, afirmou.

Santo André Dung-Lac e companheiros

Santo André Dung-Lac
e companheiros
"Mártires do Vietnã"
Séculos XVI a XX


24 de novembro
Santo André Dung-Lac e companheiros

A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Papa saúda D. Damasceno e novos cardeais

Num encontro simples e familiar, na manhã de segunda-feira, o Papa Bento XVI saudou os 24 novos cardeais – entre eles o arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis (foto) – seus parentes e amigos, convidados para o Consistório Público Ordinal realizado no último sábado. “O Colégio dos Cardeais, cujas origens encontram-se no antigo clero da Igreja Romana, é responsável pela eleição do Sucessor de Pedro e ajuda-o em problemas de grande importância”, explicou o Santo Padre.
Tanto nos escritórios da Cúria Romana quanto em seu ministério nas Igrejas locais ao redor do mundo, o Pontífice salientou que os cardeais são chamados a compartilhar de modo especial a solicitude do Papa pela Igreja universal. “Como os novos Cardeais aceitam o fardo deste ofício, estou confiante de que serão apoiados por vossas orações e cooperação constante em seus esforços para edificar o Corpo de Cristo na santidade, unidade e paz”, afirmou.

Na saudação em português ao cardeal Raymundo Damasceno Assis, Bento XVI recordou sua passagem pelo santuário mariano. “ A vossa presença me recorda as horas de íntima alegria e grande esperança eclesial vividas em Aparecida, durante a minha inesquecível visita ao Brasil que, sobretudo naquele dia, se alargava a todo o Continente Latino-Americano e Caribenho, com o seu episcopado lá reunido em comunhão de fé, esperança e amor, sob o olhar maternal de Maria, em torno do Sucessor de Pedro”.

O Papa salientou sua confiança afetuosa ao Cardeal Arcebispo de Aparecida e pediu à Nossa Senhora que o projeta em sua caminha.

 (Fonte: Canção Nova Notícias)

Abertas as inscrições para curso sobre Diálogo Ecumênico e Inter-religioso

A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB promove, no próximo ano, um curso sobre diálogo ecumênico e inter-religioso. O curso se realizará juntamente com o 14º Encontro de Professores de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso.
Marcado para os dias 24 e 25 de janeiro, em São Paulo, o curso se destina a professores de Ecumenismo, Diálogo Inter-religioso, Ensino Religioso e Ciências da Religião; a alunos do terceiro e quarto anos da faculdade de teologia e membros de organismos ecumênicos.
O curso estudará a natureza, os objetivos, o método e a mística do diálogo ecumênico e inter-religioso. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 15 de janeiro pelos e-mails ecumenismo@cnbb.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , elias.wolff@itesc.org.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , centrosfamilia@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .

RCC de Vianópolis promove Seminário

Santo Clemente I - Quarto Papa

Santo Clemente I
Papa
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23 de novembro
São Clemente I
Clemente foi o quarto papa da Igreja de Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para sua vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo.

Governou a Igreja por longo período, de 88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja. Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja.

Restabeleceu o uso do crisma, seguindo a tradição de são Pedro, e instituiu o uso da expressão "amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, também seu parente, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Graças a Domitila, muitos deixaram de sofrer ou, pelo menos, tiveram nela uma fonte de conforto e solidariedade.

Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos.

A notícia chegou ao novo imperador Trajano, que, irritado, primeiro ordenou que ele prestasse sacrifício aos deuses. Depois, como recebeu a recusa, mandou jogá-lo no mar Negro com uma âncora amarrada no pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101, como consta do Martirológio Romano.

O corpo do santo papa Clemente I, no ano 869, foi levado para Roma pelos irmãos missionários Cirilo e Metódio, também venerados pela Igreja, e entregue ao papa Adriano II. Em seguida, numa comovente solenidade, foi conduzido para o definitivo sepultamento na igreja dedicada a ele. Na cidade de Collelungo, nas ruínas da propriedade de Faustino, seu pai, foi construída uma igreja dedicada a são Clemente I. A sua celebração ocorre no dia da sua morte.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PARÓQUIA DE VIANÓPOLIS - AGENDA DA SEMANA

 AGENDA DA PARÓQUIA DE VIANÓPOLIS PARA ESTA SEMANA.

22 – Missa na Matriz, 7h
22 – Formação para líderes, 19h
23 – Missa na Matriz, 7h
23 – Missa e Novena na Ponte Funda, 19h30
24 – Missa na Matriz, 7h
24 – Comunidade S. Rita do Meio, 15h
24 – Santa Missa e Novena Perpétua na Matriz, 19h15
24 – Lançamento da Campanha de Natal 2010 (após a missa)
25 – Missa na Matriz, 7h
25 - Santa Missa no Bairro S. Vicente, 19h15
26– Missa na Matriz, 7h (ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO: 8h ÀS 19H)
26 – Missa e Novena na Caraíba, 19h30
27 – Início do Recesso da Catequese (todas as comunidades)
27– Missa na Matriz, 8h
27 – CASAMENTO Amarildo e Tatiana 10h
27 – Confissões para servos (9h-11 e 14h-16h)
27 - Programa de Rádio, 11h
27 – Missa na comunidade S. Francisco de Assis, 19h
27-28 - Seminário de Vida no E. Santo II
28 - Primeiro Domingo do Advento. Início do Ano Litúrgico A
28 – Missa na Matriz, 7h30
28 – Missa na Imaculada, 18h45

Papa Bento XVI criou 24 novos cardeais

O papa Bento XVI criou 24 novos cardeais durante uma cerimônia que presidiu, neste sábado, 20, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Entre os novos cardeais está o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), dom Raymundo Damasceno Assis, ex-secretário geral da CNBB.
Após a saudação litúrgica o papa leu a fórmula de criação dos purpurados e proclamou solenemente os nomes dos novos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito à Sé de Pedro”, tornando-se membros do clero de Roma. O cardeal Angelo Amato saudou Bento XVI em nome de todos.

Em sua homilia, o papa recordou que o estilo de vida de Jesus, que não veio para ser servido, mas para servir, deve estar na base das novas relações no interior da comunidade cristã e de uma nova maneira de exercer a autoridade.
“O Filho do homem, que veio para servir, sintetizando assim a sua missão sobre a categoria do serviço, compreendida não no sentido genérico, mas naquele concreto da Cruz, na doação total da vida como redenção para muitos, e o indica como condição para o seguir”, disse o papa.

Segundo o papa, o olhar vai para o comportamento que correm o risco de assumir aqueles que são considerados os governantes das nações: “dominar e oprimir”. “Porém na Igreja não é assim, existe um estilo diferente: é uma mensagem que vale para os Apóstolos, vale para a Igreja inteira, vale sobretudo para aqueles que têm tarefas de guia do Povo de Deus”, ressaltou Bento XVI.

Terminada a homilia, os novos cardeais fizeram a profissão de fé e o juramento de fidelidade e obediência ao Papa e seus sucessores, “a Cristo e o seu Evangelho”.

Bento XVI impôs sobre cada um deles o barrete cardinalício e pronunciou a fórmula "vermelho como sinal da dignidade do cardinalato, significando que deveis estar prontos a comportar-vos com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo aumento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus e pela liberdade e a difusão da Santa Igreja Romana".

O papa confiou a cada cardeal uma igreja de Roma (título ou diaconia), simbolizando a participação na solicitude pastoral do papa na cidade, e a bula de criação cardinalícia. Um abraço de paz encerrou este momento. O rito conclui-se com a recitação do Pai-Nosso e a bênção final.

 CNBB/RV

Santa Cecília: padroeira das músicos

Santa Cecilia
Séculos II e III


22 de novembro

Certa vez, o cardeal brasileiro dom Paulo Evaristo Arns assim definiu a arte musical: "A música, que eleva a palavra e o sentimento até a sua última expressão humana, interpreta o nosso coração e nos une ao Deus de toda beleza e bondade". Podemos dizer que, na verdade, com suas palavras ele nos traduziu a vida da mártir santa Cecília.

A sua vida foi música pura, cuja letra se tornou uma tradição cristã e cujos mistérios até hoje elevam os sentimentos de nossa alma a Deus. Era de família romana pagã, nobre, rica e influente. Estudiosa, adorava estudar música, principalmente a sacra, filosofia e o Evangelho. Desde a infância era muito religiosa e, por decisão própria, afastou-se dos prazeres da vida da Corte, para ser esposa de Cristo, pelo voto secreto de virgindade. Os pais, acreditando que ela mudaria de idéia, acertaram seu casamento com Valeriano, também da nobreza romana. Ao receber a triste notícia, Cecília rezou pedindo proteção do seu anjo da guarda, de Maria e de Deus, para não romper com o voto.

Após as núpcias, Cecília contou ao marido que era cristã e do seu compromisso de castidade. Disse, ainda, que para isso estava sob a guarda de um anjo. Valeriano ficou comovido com a sinceridade da esposa e prometeu também proteger sua pureza. Mas para isso queria ver tal anjo. Ela o aconselhou a visitar o papa Urbano, que, devido à perseguição, estava refugiado nas catacumbas. O jovem esposo foi acompanhado de seu irmão Tibúrcio, ficou sabendo que antes era preciso acreditar na Palavra. Os dois ouviram a longa pregação e, no final, converteram-se e foram batizados. Valeriano cumpriu a promessa. Depois, um dia, ao chegar em casa, viu Cecília rezando e, ao seu lado, o anjo da guarda.

Entretanto a denúncia de que Cecília era cristã e da conversão do marido e do cunhado chegou às autoridades romanas. Os três foram presos, ela em sua casa, os dois, quando ajudavam a sepultar os corpos dos mártires nas catacumbas. Julgados, recusaram-se a renegar a fé e foram decapitados. Primeiro, Valeriano e Turíbio, por último, Cecília.

O prefeito de Roma falou com ela em consideração às famílias ilustres a que pertenciam, e exigiu que abandonassem a religião, sob pena de morte. Como Cecília se negou, foi colocada no próprio balneário do seu palacete, para morrer asfixiada pelos vapores. Mas saiu ilesa. Então foi tentada a decapitação. O carrasco a golpeou três vezes e, mesmo assim, sua cabeça permaneceu ligada ao corpo. Mortalmente ferida, ficou no chão três dias, durante os quais animou os cristãos que foram vê-la a não renegarem a fé. Os soldados pagãos que presenciaram tudo se converteram.

O seu corpo foi enterrado nas catacumbas romanas. Mais tarde, devido às sucessivas invasões ocorridas em Roma, as relíquias de vários mártires sepultadas lá foram trasladadas para inúmeras igrejas. As suas, entretanto, permaneceram perdidas naquelas ruínas por muitos séculos. Mas no terreno do seu antigo palácio foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a sua memória no dia 22 de novembro já no século VI.

Entre os anos 817 e 824, o papa Pascoal I teve uma visão de santa Cecília e o seu caixão foi encontrado e aberto. E constatou-se, então, que seu corpo permanecera intacto. Depois, foi fechado e colocado numa urna de mármore sob o altar daquela igreja dedicada a ela. Outros séculos se passaram. Em 1559, o cardeal Sfondrati ordenou nova abertura do esquife e viu-se que o corpo permanecia da mesma forma.

A devoção à sua santidade avançou pelos séculos sempre acompanhada de incontáveis milagres. Santa Cecília é uma das mais veneradas pelos fiéis cristãos, do Ocidente e do Oriente, na sua tradicional festa do dia 22 de novembro. O seu nome vem citado no cânon da missa e desde o século XV é celebrada como padroeira da música e do canto sacro.

Santa Cecília