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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

São Rafael de São José

São Rafael de São José
"José Kalinowski"
1835-1907


19 de novembro
São Rafael de São José
Nascido no dia 1o de setembro de 1835, em Vilna, antiga Lituânia, atual Polônia, era filho do casal André e Josefina, ambos de famílias nobres. Foi batizado com o nome de José e educado pelos pais dentro da religião cristã. Aos oito anos, ingressou no Instituto para os Nobres, da sua cidade natal, onde seu pai era professor e diretor.

Na juventude, pensando em cursar estudos superiores, o pai sugeriu-lhe que freqüentasse a universidade de agronomia, mas ele preferiu estudar engenharia civil. Em 1852, foi para a Rússia, onde ficou durante dois anos, mas não conseguiu vaga na Universidade de Petersburgo, Então, matriculou-se na Escola Militar de Engenharia.

A sua fé durante a vida juvenil decorreu à sombra do Santuário de Nossa Senhora do Carmo. Era um aluno brilhante, mas estudando perdeu a fé. Em 1855, terminado o curso básico, foi admitido para a Academia Militar Superior. Seus dotes morais e sua inteligência realmente eram muito evidenciados Atingiu altos postos na carreira militar, apesar de que não era essa vida que pretendia, mas a Providência Divina o guiava nessa direção.

Em janeiro de 1863, apesar de ter renunciado, foi convidado para o cargo de ministro da Guerra da Lituânia. Assumiu, porque havia estourado a guerra contra a Polônia, para lutar pela liberdade do seu povo e nação. Mas, ao mesmo tempo, também se reconciliou com a fé. Nesse mesmo ano se confessou, comungou e iniciou uma vida de intensa espiritualidade e devoção a Jesus, José e Maria.

Os lituanos foram os perdedores e ele acabou prisioneiro. Foi deportado para a Sibéria, levando consigo apenas o Evangelho, o livro "Imitação de Cristo" e um crucifixo bento, presente de uma de suas irmãs. Foram dez anos no campo de concentração passados nos trabalhos forçados e rezando com seus companheiros.

Libertado e repatriado, entrou na Ordem dos Carmelitas Descalços de Graz, aos quarenta e dois anos de idade, em 1877. Vestiu o hábito dos carmelitas e tomou o nome de Rafael de São José, em 1882, quando recebeu a ordenação sacerdotal.

Distinguiu-se no zelo pela unidade da Igreja e no apostolado infatigável do sacramento da reconciliação. Foi trabalhar no Convento de Cezerna, na Polônia, país em que fundou diversas comunidades.

O grande restaurador da Ordem dos Carmelitas na Polônia morreu no dia 15 de novembro de 1907, em Vadovice, cidade natal do papa João Paulo II, que o canonizou em 1991. A festa em memória a são Rafael de São José foi indicada para o dia 19 de novembro.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Primeira etapa do Curso de Atualização em Liturgia acontece em janeiro

Entre os dias 4 e 28 de janeiro de 2011 acontece, no Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, em São Paulo (SP) a primeira etapa do Curso de Atualização em Liturgia. Realizado sempre em duas etapas, por dois anos consecutivos, trata-se de um tempo privilegiado para o estudo, aprofundamento e retomada da caminhada litúrgica, para o agente de pastoral litúrgica: leigos, religiosos e presbíteros.
O curso tem o apoio da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Os interessados podem entrar em contato com irmã Veronice Fernandes – Rua Buri, 115, Pacaembu, 01246-050 – São Paulo – SP. Telefone: (0xx11) 3257-2510 – Fax (0xx11) 3258-3127 ou Email:

Santo Frediano: O Bispo

Santo Frediano
Século VI


18 de novembro
São Frediano
Frigianu ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam seu nome, teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século IV. Cristão e monge, teria saído de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino a Roma. Mais tarde, existe a notícia de sua permanência na Itália, nos arredores da cidade de Luca, na Toscana, vivendo como ermitão.

A presença do monge foi notada pela população tipicamente rural, sempre castigada pelas enchentes do rio Serchio que ladeava a cidade. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Também sobressaia sua energia e liderança.

O clero local e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para seu bispo. Possuía os dotes naturalmente sempre valorizados, e que, especialmente nesse período histórico tão tumultuado do país, eram essenciais. Foi eleito e consagrado bispo de Luca em 560. Certamente, um fato inusitado.

Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. As suas ações logo ganhavam fama de prodígio. O mais divulgado, e que o celebrizou, foi o que cita o desvio do curso do rio Serchio e do conseqüente beneficio causado a toda a zona rural de Luca. Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio, no qual, por meio de um prodígio, as águas se canalizaram imediatamente. Conduziu o rebanho de sua diocese com muito zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável, na busca de esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. O bispo Frediano morreu no dia 18 de março de 588.

A partir de então, a fama de santidade de Frediano e o célebre episódio do rio Serchio expandiram-se e a sua devoção se fez ainda mais intensa. Foi até citada no livro "Diálogos", escrito pelo papa São Gregório Magno, seu contemporâneo. Também as congregações que se estabeleceram na sua basílica, em Luca, difundiram-lhe o culto.

Depois, o impulso veio do fato de, em pleno período medieval, para evitar saques por parte dos piratas e invasores, o corpo de são Frediano ter sido sepultado num lugar escondido no cemitério da igreja. E ele só foi localizado por acaso, muitos meses depois, durante o sepultamento de uma jovem, que quase foi colocada onde era o seu túmulo.

Tempos depois, sua obra floresceu na bem antiga e pequena comunidade monástica, os conhecidos "Cônegos de São Frediano", os quais o bispo Anselmo de Baggio, quando se tornou papa Alexandre II, indicou para dirigir o Mosteiro de São João de Luterano, em Roma.

A sua festa ocorre no dia 18 de novembro, data que recorda o traslado das suas relíquias, no século XI, para a atual Basílica de São Frediano, em Luca.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Papa convida Igreja inteira a rezar pela “vida nascente”

No próximo sábado, 27 de novembro, Bento XVI presidirá, na Basílica de São Pedro, as Primeiras Vésperas do Advento e uma vigília de oração pela vida nascente.

Assim anunciou o próprio Papa hoje, 14, depois da oração do Ângelus, durante as saudações aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

Esta iniciativa, explicou o Pontífice, “está em comum com as igrejas particulares do mundo inteiro” e seu desenvolvimento foi indicado “também nas paróquias, comunidades religiosas, associações e movimentos”.

“O tempo de preparação para o Santo Natal é um momento propício para invocar a proteção divina sobre todo ser humano chamado à existência, também como agradecimento a Deus pelo dom da vida, recebido dos nossos pais”, afirmou.


 

Dom Damasceno participa de Consistório em Roma

No sábado, 20, o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), dom Raymundo Damasceno Assis, receberá o barrete cardinalício (chapéu vermelho que é a insígnia dos cardeais da Igreja Católica), durante o consistório no Vaticano, que criará 24 novos cardeais, pelo papa Bento XVI.
No dia 21, durante a celebração eucarística, será entregue o anel de cardeal. O Consistório e a missa acontecem na Basílica de São Pedro. Este será o terceiro Consistório do pontificado de Bento XVI e os cardeais chegarão a um total de 203, dos quais 121 eleitores.

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Bento XVI anunciou a nomeação dos 24 novos cardeais, entre os quais o brasileiro, dom Raymundo Damasceno Assis, no dia 20 de outubro. Com sua nomeação, o Brasil passa a ter nove cardeais, dos quais seis são eméritos. Dos 24 novos cardeais, 20 têm menos de 80 anos e são eleitores.

Santa Isabel da Hungria: "Princesa, Rainha, Santa."

Santa Isabel da Hungria
1207-1231


17 de novembro
Santa Isabel da Hungria
Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa. Era a filha do rei André II, da Hungria, e da rainha Gertrudes, de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele momento foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos.
O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes.

A mãe de Luís não gostava da devoção da sua futura nora, e tentou convencer o filho de desistir do casamento, alegando que Isabel seria uma rainha inadequada politicamente. A própria Corte a perseguia por causa de seu desapego e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico ao dizer preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Certamente, amava-a muito.

No castelo de Wartenburg, quando atingiu a maioridade, foi corado rei e casou-se com Isabel, que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que, diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa. Foi assim que o então rei Luís IV acompanhou a seu desejo e tornou-se rei sem colocar a sua coroa, também, diante de Cristo.

Foi um casamento feliz. Ele era sincero, paciente, inspirava confiança e era amado pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, sendo, ao contrário, seu incentivador. Em Marburg, Isabel construiu o Hospital de São Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de ajudar com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência.

Depois de seis anos, a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de uma cruzada, morreu antes de voltar para a Alemanha. A partir de então, as perseguições da Corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa acabou de vez. E o cunhado, para assumir o poder, expulsou-a do palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças.

Isabel ingressou, então, na Ordem Terceira de São Francisco e dedicou-se à vida de religião e à assistência aos leprosos no hospital que ela própria havia construído. Quando os cruzados que acompanhavam seu marido retornaram à Alemanha, ficaram indignados ao constatar como a rainha viúva e os herdeiros haviam sido tratados. Conseguiram fazer a viúva rainha Isabel reassumir o trono, que depois entregou ao seu filho, na maioridade.

Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, em Marburg, Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo papa Gregório IX. A Ordem Franciscana Secular venera-a como sua padroeira na festa celebrada no dia de sua morte.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

VI ASSEMBLEIA PASTORAL DO VICARIATO (13/11/2010)


Dinâmica do 'trem' das CEB's

Deixo aqui minhas impressões, a quem participou ou quem não teve esta oportunidade de estar presente na VI Assembleia do Vicariato.
A Assembleia teve início as 8:30h da manhã com a chegada das Paróquias. Infelizmente uma Paróquia, a de São Miguel de Passa Quatro não se fez presente. As outras seis enviaram representação. O combinado, na preparação, é que viria o Conselho Pastoral Paroquial e mais uma pessoa de cada Comunidade da paróquia. Tivemos um total de 80 pessoas que assinaram o livro de presença do CENTAF. Nem todos assinaram, mas a verdade é que não vieram todas as pessoas de cada Comunidade como combinado.
Quem veio fez a Assembleia acontecer! Tivemos a Coordenação do Aparecido Bueno e da Roberta Estefânia também eu (Pe João Norberto) esteve junto aos dois coordenadores. Além de estar na coordenação Roberta secretariou a Assembleia. A Associação Damas Salesianas cuidou da alimentação. A paróquia de Cristianópolis da acolhida e credenciamento, na chegada. Para os momentos de oração as Paróquias de Bela Vista e Bonfinópolis nos ajudaram a rezar. Para a animação contamos com os artistas da Paróquia da Paróquia São José de Vianópolis. Ir Davi Nardi ajudou a reflexão do tema: “Retomada da caminhada das CEBs no Brasil”, Doc 92 da CNBB.
Na parte da manhã cada Paróquia fez a retomada da caminhada das cinco Pastorais imprescindíveis desde a Assembléia do ano passado e depois a reflexão sobre as CEBs apresentada pelo Ir Davi que foi encerrada com a dinâmica do ‘trem’ das CEB’s (confira a foto). Ainda antes do almoço tivemos o momento de trabalho em grupo para responder a questões de como estamos caminhando nos trilhos das CEBs e para fazer o planejamento e calendário de atividades do ano 2011. Após o almoço foi o momento da plenária dos grupos e de tomar decisões em algumas questões refletidas. Terminou a Assembleia com uma oração e Bênção com a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora e Bíblia peregrinas das Santas Missões Populares. A Paróquia de Bulhões deixou Nossa Senhora Auxiliadora e a Bíblia para a Paróquia de Silvânia, sendo que para o próximo ano deverá fazer a entrega de forma celebrativa nas duas Paróquias: a que entrega e a que recebe.
Quem não veio, perdeu! Pedimos as bênçãos de Deus para que possamos nos Trilhos das CEBs.

Padre João Norberto Pinto, SDB
Vigário Episcopal para o Vicariato de Silvânia

Advogado brasileiro pode se tornar santo

Pedro Teixeira
Canção Nova Notícias

O traslado dos restos mortais do servo de Deus Franz de Castro foi feito nesta sexta-feira, 12, em Barra do Piraí, interior do Rio de Janeiro. Advogado morto em 1981, quando mediava a rebelião de presos da cadeia pública de Jacareí, interior de São Paulo, Franz de Castro pode se tonar o primeiro santo mártir dos presidiários.

O traslado dos restos mortais de Franz de Castro foi feito do cemitério da cidade até a Igreja de Santana onde, logo em seguida, foi celebrado o Ofício Divino. Familiares e amigos estavam presentes na cerimônia de despedida.

Franz de Castro era advogado e morreu durante tentativa de mediar uma rebelião de presos na cadeia pública de Jacareí, interior de São Paulo, em 1981. O advogado trocou de lugar com um policial feito de refém pelos amotinados e foi morto dentro do carro juntamente com outros cinco presos. O corpo foi atingido por mais de trinta projéteis.

Padre Dimas de Paulo Inácio afirma que o advogado teve grande influência em sua caminhada como sacerdote, e que ficou admirado com a coragem do amigo.

Jacareí pertence à diocese de São josé dos Campos, interior de São Paulo, que entrou oficialmente este ano com o pedido de continuidade da segunda fase do processo de beatificação de Franz de Castro, já consagrado pela Igreja como servo de Deus.

Por ser mártir, Franz de Castro não precisa de milagres para ser considerado beato.

Toda a documentação e depoimento de mais trinta pessoas serão enviados para Roma a partir do próximo mês. Se aceito, Franz de Castro poderá ser o primeiro santo mártir dos presos da história da Igreja Católica.

O postulador da congregação da causa dos Santos, Frei Paolo Lombardo, acredita que a terceira e última fase do processo começa a ser analisada pela Igreja no máximo em treze anos, mas a "a fama de santidade" - expressão da fé dos fiéis, pode diminuir o tempo de espera.

Tempo que aumenta a ansiedade de Peter, irmão de Franz de Castro. Mas ele se diz satisfeito. Para ele, o traslado não deixará nenhum vazio no coração da família.

Na despedida de Franz de Castro, fica para o povo da cidade a esperança de que o Rio de Janeiro tenha logo o primeiro Santo do estado.

Bento XVI dá as boas vindas aos bispos da Regional Centro-Oeste


Discurso do papa aos bispos da Regional Centro-Oeste durante visita Ad Limina.

Queridos Irmãos Bispos,

Estou feliz por vos dar as boas-vindas na ocasião da vossa visita ad Limina. Viestes à cidade onde Pedro, por último, cumpriu a sua missão de evangelização e deu testemunho de Cristo até à efusão do seu próprio sangue; viestes ver e saudar o Sucessor de Pedro. Deste modo fortaleceis os fundamentos apostólicos da Igreja no vosso país e expressais visivelmente a vossa comunhão com todos os demais membros do Colégio episcopal e com o próprio Pontífice romano (cf. Pastores gregis, 8). Deste teor são as amáveis palavras que o Senhor Arcebispo de Brasília, Dom João Braz, me dirigiu em vosso nome e que agradeço, enquanto vos asseguro do meu cordial afeto e das minhas orações por vós e por todas as pessoas confiadas aos vossos cuidados pastorais.

Com a visita do Regional Centro Oeste, se encerra este ciclo de encontros dos Prelados brasileiros com o Papa que se iniciou há mais de um ano. Por uma feliz coincidência, na data do discurso que dirigi ao primeiro grupo de Bispos era a vossa Festa Nacional da Independência, enquanto o último discurso que hoje pronuncio tem lugar justamente no dia em que se recorda a proclamação da República no Brasil. Aproveito o fato para sublinhar uma vez mais a importância da ação evangelizadora da Igreja na construção da identidade brasileira. Como bem sabeis, a atual sociedade secularizada exige dos cristãos um renovado testemunho de vida para que o anúncio do Evangelho seja acolhido como aquilo que é: a Boa Notícia da ação salvífica de Deus que vem ao encontro do homem.

Neste sentido, há quase 60 anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é um ponto de referência da sociedade brasileira, propondo-se sempre mais e acima de tudo como um lugar onde se vive a caridade. Com efeito, o primeiro testemunho que se espera dos anunciadores da Palavra de Deus é o da caridade recíproca: «Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13, 32). A vossa, como aliás as demais Conferências Episcopais, nasceu como concreta aplicação do afeto colegial dos Bispos em comunhão hierárquica com o Sucessor de Pedro, para ser um instrumento de comunhão afetiva e efetiva entre todos os membros, e de eficaz colaboração com o Pastor de cada Igreja particular na tríplice função de ensinar, santificar e governar as ovelhas do próprio rebanho.

Ora, a Conferência Episcopal apresenta-se como uma das formas, encontradas sob a guia do Espírito Santo, que consente exercitar conjunta e harmoniosamente algumas funções pastorais para o bem dos fiéis e de todos os cidadãos dum determinado território (cf. Código de Direito Canônico, cân. 447). De fato, uma cooperação sempre mais estreita e concorde com os seus irmãos no ministério ajuda os Bispos a cumprir melhor o seu mandato (cf. Christus Dominus, 37), sem abdicar da responsabilidade primeira de apascentar como pastor próprio, ordinário e imediato sua Igreja particular (cf. Motu próprio Apostolos suos, 10), fazendo-a ouvir a voz de Jesus Cristo, que “é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (Hb 13, 8).

Assim sendo, a Conferência Episcopal promove a união de esforços e de intenções dos Bispos, tornando-se um instrumento para que possam compartilhar as suas fatigas; deve, porém, evitar de colocar-se como uma realidade paralela ou substitutiva do ministério de cada um dos Bispos, ou seja, não mudando a sua relação com a respectiva Igreja particular e com o Colégio Episcopal, nem constituindo um intermediário entre o Bispo e a Sé de Pedro.

Entretanto, no fiel exercício da função doutrinal que vos corresponde, quando vos reunis nas vossas Assembléias, queridos Bispos, deveis sobretudo estudar os meios mais eficazes para fazer chegar oportunamente o magistério universal ao povo que vos foi confiado. Essa função doutrinal será desempenhada nos termos indicados por meu venerado predecessor, o Papa João Paulo II, no Motu Próprio “Apostolos suos”, também ao abordar as novas questões emergentes, para depois poder orientar a consciência dos homens para encontrarem a reta solução para os novos problemas suscitados pelas transformações sociais e culturais.

De modo especial, alguns temas recomendam hoje uma ação conjunta dos Bispos: a promoção e a tutela da fé e da moral, a tradução dos livros litúrgicos, a promoção e formação das vocações de especial consagração, elaboração de subsídios para a catequese, o compromisso ecumênico, as relações com as autoridades civis, a defesa da vida humana, desde a concepção até a morte natural, a santidade da família e do matrimônio entre homem e mulher, o direito dos pais a educar seus filhos, a liberdade religiosa, os outros direitos humanos, a paz e a justiça social.

Ao mesmo tempo, é necessário lembrar que os assessores e as estruturas da Conferência Episcopal existem para o serviço aos Bispos, não para substituí-los. Trata-se, em definitiva, de buscar que a Conferência Episcopal, com seus organismos, funcione sempre mais como órgão propulsor da solicitude pastoral dos Bispos, cuja preocupação primária deve ser a salvação das almas, que é, aliás, a missão fundamental da Igreja.

Queridos irmãos, no final do nosso encontro, gostaria de vos convidar a olhar para o futuro com os olhos de Cristo, depondo n’Ele a vossa esperança, pois «a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (Rm 5,5). Reiterando o meu profundo afeto pelo povo brasileiro, confio o Brasil à intercessão materna da Virgem Maria, Nossa Senhora Aparecida, modelo de todos os discípulos: Ela vos conduza pelos caminhos de seu Filho. E, lembrando cada um dos Prelados brasileiros que, durante estes últimos catorze meses, passaram por aqui em visita ad Limina e também aqueles que não puderam vir por problemas de saúde, de todo o coração concedo-vos, assim como aos sacerdotes, aos religiosos, às religiosas, aos catequistas e a todos os vossos diocesanos, a Bênção Apostólica.



Santa Gertrudes: "A Grande"

Santa Gertrudes
"A Grande"
1256-1302


16 de novembro
Santa Gertrudes
A vida contemplativa foi a forma escolhida por santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, ao contrário do que alguns historiadores dizem, ela não pertencia à nobreza, mas seus pais eram bem estabelecidos e cristãos fervorosos.

Aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia todas a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro.

Matilde foi o personagem decisivo na vida interior de muitas jovens que dela se aproximavam. Era mestra de uma espiritualidade fortemente ligada ao chamamento místico. Com ela, Gertrudes desenvolveu a sua de modo muito semelhante, recebendo, em seguida, através de suas orações contemplativas, muitas revelações de Deus.

A partir dos vinte e cinco anos de idade, teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do divino amor", talvez a mais importante obra cristã tendo como temática a teologia mística. Nele, também conta que, constantemente, era tomada por arrebatamentos sublimes e tristezas profundas advindas do estudo da Palavra.

Essa notável mística cristã do período medieval foi uma das grandes incentivadoras da devoção ao Coração de Jesus, culto que alcançaria enorme expansão, no futuro, com santa Margarida Maria Alacoque, no século XVII.

Mais tarde, foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos até ir comungar com seu amado esposo, Jesus, na casa do Pai, em 1302.

A tradicional festa em sua memória, no dia 16 de novembro, foi autorizada e mantida nesta data pelo papa Clemente XII, em 1738.